08 março, 2010

Do Dia Internacional das Flores

Eu queria ter feito um poema, mas foi impossível colocar tanta coisa na minha parca habilidade poética, então, resolvi escrever sobre alguma dessas coisas.

Queria ter escrito sobre o assombro que causa o fato de flores dançarem sob a brisa e fazerem o mesmo sob forte vento. Também escrever umas linhas sobre como elas conseguem colorir qualquer paisagem, sem importar se são simples como a flor-de-linho ou sofisticadas como a orquídea. Minha audácia era maior ainda: queria eu ter descrito com minúcias, o quanto causa estranheza a qualquer um que seja capaz de observar, a firmeza com que elas se deixam fluir livremente com as outras energias e experiências vivas do seu entorno. Desejava descrever a maravilhosa a fascinação que tenho quando me dou por conta de que uma flor mesmo depois de seca e sem cor, ainda assim é o que é, ainda assim é flor!

Pois bem, esse era o meu pretensioso plano. Nada mais natural que eu seja pretensioso, já que fui ensinado a pensar, diante de minha condição de homem, que eu poderia pisar em flores se me fosse conveniente, que poderia comprar seu perfume em frascos se assim o quisesse, que poderia sintetizar sua beleza em vulgares retratos.

Ledo engano!

Flores sempre serão capazes de transtornar à brutalidade desses maus ensinamentos.  Se valem para isso de sua diversa cor, de seu cheiro que se imprime onde passa e que passa em todo o lugar, também se valem do valente dançar ao vento, donde bailam loucas e livres sem se dobrar.

Ah! Flores, em cada singularidade um universo de encanto!






Em tempo: flores também tem espinhos e fazem espirrar, mas isso elas deixam para aqueles que querem lhes fazer mal.

1 Comentários:

Às 9 de março de 2010 às 03:30 , Blogger Taise Mancuso disse...

óin, que lindo...! :´)

 

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