10 março, 2010

Mãe...

Houve um dia singular.

Neste dia, as pessoas se reuniram com quem gostavam e com quem desgostavam, engoliram suas certezas, ou pelo menos mantiveram elas presas em suas bocas. Permitiram que o mundo se fizesse pesar devidamente sobre seus ombros ao mesmo tempo que se destituíam do próprio peso.

Todas aquelas pessoas se juntaram para fazer algo que há tempos se furtavam de fazer, pararam um instante no caminho convulsivo de sua loucura para prestar homenagens a uma flor que se desprendeu de seu galho, e que foi deitada entre muitas outras flores colhidas para lhe servir de cama, e também essas flores se esforçaram mais do que o comum para ser perfume naquele dia.

De tudo, porém, tenho certeza de que daquelas flores, o único cheiro que levo está ligado à minha própria existência, porque aquele cheiro foi o primeiro a me envolver em minha louca vida, a sustenta nos dias de sanidade, a resgata nos ímpetos da Insanidade.
 
Dadivosa Rosa, obrigado por minha vida querida mãe!

Até um dia...

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial